O jeito regional de falar
muitas vezes é visto com certa desconfiança e até um pouco de preconceito pelas
pessoas de fora, mas, na verdade, trata-se de um dos patrimônios culturais do
povo daqui. O palavreado do pessoal requer até mesmo uma certa ‘tradução’.
Então, se você pensa em visitar a região para passear ou estudar, é bom saber
logo algumas palavrinhas muito comuns entre nós.
Por exemplo: para informar
que o automóvel estragou ou quebrou na estrada, aqui dizemos que o carro “zangô
na linha”.
Outro costume local é ligar
os nomes do pai e até do bisavô, ao invés de chamar pelo nome e sobrenome. Há
uma pessoa aqui que é conhecida como Leonardo do Gaspar do Zé Vicente. Quer
dizer que o Leonardo é filho de Gaspar, que é filho do Vicente. Assim fazemos
uma homenagem aos ancestrais da pessoa. Mas isso se dá naturalmente. É uma
tradição enraizada em nossa comunidade.
Fonte: (Um Lugar Chamado Canastra)
Fonte: (Um Lugar Chamado Canastra)
Algumas expressões do vocabulário da
Canastra.
Apiar: Descer. Ex: Vamos apiar desse cavalo!
Balaio de gato: Bagunça. Ex: Cheguei lá e minha casa tava um balaio
de gato.
Barrer: Varrer. Ex: Fulana barreu a casa.
Bibi café e fumo: Bebi café e nós fomos.
Corguim: Córrego.
Bucho: Estômago.
Custoso: Difícil. Ex: O serviço de roça é custoso!
Eu di a foia pra ela: Eu dei a folha para ela.
Lá em riba: Lá em cima. Ex: vamos lá em riba.
Ninho de guacho: Bagunçado. Ex: seu cabelo tá um ninho de guacho!
Percata: Chinelo.
Pousar: dormir. Ex: Posso pousar na sua casa hoje?
Roça: Fazenda.
Trabisseiro: Travesseiro.
Tunda/Sova/Pisa/Coro: Surra. Ex: Eu dei uma tunda em fulano.
Veaco: Esperto. Ex: Aquele rapaz é muito veaco!
Zombeta: Tonto. Ex: Ele andava todo zombeta na rua.
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